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AHP Merkle partilha mudança que tornou a empresa mais ágil e preparada para o futuro

15 Fevereiro 2021

Christen Merkle, CEO da AHP Merkle, partilhou, no mais recente webinar organizado pela ISTMA, a mudança que foi introduzida na sua empresa, de forma a torná-la mais ágil e preparada para o futuro. Esta partilha teve lugar no dia 11 de fevereiro, no decorrer da sessão subordinada ao tema ‘Agile Teams’. A transformação nesta empresa surgiu como resposta às alterações causadas pela globalização, digitalização e mudanças nos mercados.


Esta foi uma interessante partilha, que deu conta de como uma empresa com quase 50 anos de atividade fez a mudança para a segunda geração (de uma forma mais repentina, devido à morte inesperada do fundador) e, com ela, transformou toda a filosofia de trabalho.


Perante uma plateia virtual composta por membros da ISTMA oriundos de vários pontos do globo, o empresário alemão sintetizou que o processo adotado pela Merkle se centrou nas pessoas e nas suas expectativas: “tornou as equipas mais comunicativas e unidas, de forma a que todos se sintam envolvidos nas decisões e no rumo da empresa”.


Três anos depois de ter sido iniciada, Christen Merkle considera que “a transformação provou ser eficaz”. Como ponto de partida, o orador sustentou que o fundamental é “ter um plano para o futuro” e “partilhá-lo” com as equipas. Esse aspeto é, no seu entender, “fundamental para aumentar a motivação”. Na prática, explicou, o processo “fez-se destruindo departamentos e construindo equipas ágeis”. “Esta foi a nossa forma de entrar na era da agilidade”, sublinhou.


Falou depois dos passos que a empresa deu nesse sentido. O primeiro, salientou, foi constatar que para ter futuro, era efetivamente necessária a mudança. Foi realizada uma análise dos aspetos negativos e positivos do que era a gestão tradicional, em comparação com as alterações necessárias para assegurar o futuro.


Num momento inicial, foram detetados alguns problemas, entre os quais falhas de comunicação entre os departamentos, mas também entre as equipas. É que, para além do ritmo e do estilo da produção serem bastante tradicionais, também as pessoas estavam sistematizadas a fazer as coisas da mesma forma.



Quebrar hábitos e rotinas

“Por vezes, é difícil escolher um caminho diferente daquele que os outros, antes de nós, estavam a seguir”, admitiu. Mas isso, reforçou, deve-se sobretudo a hábitos e rotinas enraizados que “é preciso alterar para mudar”. E foi isso que a Merkle fez.


A exemplo de muitas empresas, o ‘chefe’ do departamento era o único decisor, e também quem detinha o know-how e definia tarefas e procedimentos. “Estas pessoas não estavam habituadas a ouvir, tinham as técnicas guardadas na cabeça, não as partilhavam, e repetiam as mesmas tarefas e decisões do passado”, contou.


Uma das primeiras decisões foi, precisamente, deixar de ter a figura desses ‘chefes’ de departamento. A estrutura passou a estar assente em equipas, cada uma com um líder, mas nas quais todos têm um papel mais ativo e participativo.


Em todo este processo, contou ainda, teve peso o papel da nova geração que estava a chegar à empresa e a constatação de que os jovens de hoje têm necessidades diferentes dos de antigamente, centradas em desafios constantes e tarefas menos rotineiras. Mas, advertiu, é preciso “ter em conta que são eles que ficarão encarregues do futuro”.


Christen Merkle salientou ainda que, para conseguir um novo sistema estruturado na empresa, foi necessário criar uma equipa dedicada a introduzir, de forma sustentada, essa mudança. Ao fim de algum tempo, sublinhou, o resultado saltou à vista com as equipas a pensar diferente e novas soluções a surgir.


Em jeito de balanço e conclusão, considerou que, para além da mudança, todo o processo permitiu alcançar um pormenor fundamental: que todos os elementos das equipas e da empresa se conhecessem melhor. Isso possibilitou que fossem colocadas “as pessoas certas no lugar certo”. Hoje, revelou, “as equipas têm mais responsabilidade nas decisões da empresa, o que a torna mais ágil e preparada para os desafios do futuro”.