Plataforma de Fornecedores

Selecione um produto / serviço

Omolde > Notícias > Webinar da ISTMA analisa indústria de moldes nas Américas

Webinar da ISTMA analisa indústria de moldes nas Américas

11 Dezembro 2020

Empresas devem desenvolver competências e procurar oportunidades

“Não esperem pelas oportunidades: vão procurá-las; desenvolvam as vossas competências, melhorem o que for possível e, acima de tudo, acreditem nas vossas capacidades”. Esta foi a principal mensagem deixada por Bob Williamson, presidente da International Special Tooling and Machining Association (ISTMA) aos fabricantes de moldes do continente americano, em particular, mas também a todos os que, pelo mundo, se dedicam a esta atividade. O responsável falava no encerramento do webinar ‘Americas: Statistics & Trends’ que, organizado pela ISTMA, decorreu no dia 9 de dezembro, contando com uma assistência ‘virtual’ composta por mais de 80 profissionais do sector, oriundos de vários pontos do globo, desde Portugal até ao Japão. Na sessão, José Camacho, orador convidado, apresentou os dados económicos de quatro países do continente americano que se fizeram representar no debate através das suas associações: Estados Unidos (NTMA), Brasil (ABINFER), Canadá (CTMA) e México (AMMMT).


Na sua intervenção, José Camacho deu ênfase ao papel da Covid-19 na quebra das economias dos quatro países, considerando que a doença continua a ser, ainda, uma preocupação. Salientou que cada país tem diferentes dinâmicas em relação à pandemia, o que os coloca com ritmos económicos diferentes. A vacina da Covid tem ainda, no seu entender, muitas incertezas pelo que estima que, em 2021, todo o continente americano (e o mundo) vá passar por um longo período de combate à pandemia, não se conseguindo ainda prever quando é que a economia regressará aos valores da era pré-Covid. De igual forma, sublinhou que também não é possível, ainda, antever se o consumo, no futuro, terá mudanças significativas.


Reportando-se aos quatro países americanos, revelou que as estatísticas colocam Canadá e Estados Unidos como os que vão, economicamente, recuperar mais rápido, enquanto Brasil e México sentirão uma retoma mais lenta.


Apresentou também dados relativos à indústria automóvel, afirmando que as previsões apontam para que a tomada de decisões acerca da nova mobilidade possa estender-se no tempo, entre os anos de 2022 a 2024. Este delay pode, no entanto, ser revertido se, por exemplo, surgirem mais certezas e mais confiança em relação à evolução (positiva) da pandemia.


Diversificar
Já o momento do debate e dando conta da redução da atividade sentida pelos fabricantes, como resultado da pandemia, Roger Atkins (USA) defendeu que as empresas têm de “começar a posicionar-se agora para a recuperação da economia” que, no seu entender, acontecerá num futuro próximo. A formação dos colaboradores e o incremento das capacidades das organizações são, no seu entender, fundamentais para fazer face ao período que se segue à pandemia.


Já Rob Cattle (Canadá) destacou que, no seu país, muitas empresas do sector conseguiram crescer ao enveredar por outras áreas alterando o foco que tinham colocado na indústria automóvel. Por isso, considerou que “diversificar é o caminho a seguir” para recuperar a atividade. E nesse sentido, exortou os fabricantes a apetrecharem-se com as tecnologias adequadas para isso.


Para Chistian Dihlmann (Brasil), existe no seu país uma necessidade enorme de apostar em formação, de forma a melhorar a qualificação dos profissionais, sobretudo os que, acentuou, “estão à frente dos negócios”. É que, sublinhou, muitos fabricantes “não estão bem preparados para a problemática situação que se gerou últimos meses”. Melhorar é, no seu entender, a possibilidade de ter futuro.


Eduardo Medrano (México) – que foi o moderador do debate – contou que o sector vive, no seu país, um período complicado, devido, sobretudo, à demora no lançamento de novos modelos nos sectores automóvel e aeronáutico. Mas quando essa situação se alterar e o mercado retomar a atividade, advertiu, os fabricantes “têm de estar preparados e, para isso, têm de começar a apostar já nessa preparação”. Profissionais bem formados e tecnologias que assegurem maior eficiência são, no seu entender, fundamentais.


Antes do final do debate, Joaquim Menezes, presidente da ISTMA Europa usou da palavra para partilhar algumas das preocupações que sente em relação ao sector. “Muitos fabricantes não vão conseguir resistir a este período, acabarão por morrer, mas as boas empresas sobreviverão”, salientou.

webinar-istma-americas-10dez2020