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Sustentabilidade

«É preciso apostar em soluções para os resíduos plásticos»

29 Junho 2022

Para assegurar o desenvolvimento da indústria é fundamental que se aposte em soluções de proteção ambiental e sustentabilidade. O plástico é, neste contexto, não um inimigo, mas um desafio que carece de solução. Foi com o objetivo de levar os fabricantes de moldes a refletir sobre esta questão que o mais recente webinar da ISTMA, realizado dia 27 de junho, teve como tema ‘Dos resíduos de Plástico à Petroquímica verde: a próxima geração’.


Ran Sharon, CEO da Clariter (Global Partner da ISTMA), foi o orador convidado, dando nota das soluções que esta empresa tem já em prática, no sentido de recuperar e dar nova vida aos resíduos de plástico. A sessão contou com a assistência ‘virtual’ de cerca de três dezenas de profissionais, oriundos de vários pontos do globo.


Logo no início, e como contextualização para o tema, Bob Williamson, Presidente da ISTMA, chamou a atenção para a forma como o mundo olha para o plástico. Exemplificando com o caso do Canadá, país onde o governo acaba de listar os resíduos plásticos como substâncias tóxicas, o responsável advertiu que “não podemos ignorar o problema do plástico”. Pelo contrário, defendeu, “temos de contribuir para ajudar a resolver este problema porque não é possível um mundo sem plástico”.


Ran Sharon concordou, afirmando que “o problema não é o plástico, mas sim os seus resíduos”. E ao pegar nestes resíduos, tratá-los e dar-lhes nova vida, voltando a colocá-los no mercado, a sua empresa, defendeu, “é um aliado da indústria de moldes e plásticos”.


“Preocupamo-nos com o futuro da indústria e, por isso, estamos a dar este apoio na retaguarda. Porque para que a indústria se desenvolva é preciso assegurar a proteção ambiental e a sustentabilidade”, explicou. E esta questão, salientou, passa não apenas por alterar a forma de fazer alguns negócios, mas e sobretudo, “passa por mudar mentalidades”.


Dirigindo-se aos produtores de moldes, considerou que, para além da questão dos plásticos, estes deparam-se com outros desafios como a dependência do crude ou o incremento de legislação cada vez mais restritiva. Por isso, defendeu, assume-se como vital importância a aposta numa solução circular. E apontou como exemplo aquilo que a sua empresa desenvolve: um processo através do qual recebe e trata os resíduos plásticos, transforma-os e coloca-os novamente no mercado sob a forma de novos produtos, para as mais variadas aplicações.


O caminho, no seu entender, tem de passar por aqui: apostar na recuperação do desperdício e voltar a colocá-lo na cadeia de valor.


A empresa, sedeada em Israel, foi criada em 2003, tendo na Polónia a sua primeira unidade transformadora, onde começou a desenvolver o conceito e criar as soluções. Hoje, tem, para além desta unidade, uma outra na África do Sul, tendo planeada a instalações de outras, num futuro próximo, noutros pontos do globo.


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