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Estratégia & Negócios

Webinar ISTMA: Futuro depende da capacidade de reação das empresas

18 Março 2022

‘De que forma a pandemia afetou a indústria de moldes e como poderá esta adaptar-se e resistir’ foi o tema do webinar que, promovido pela ISTMA World, teve lugar no dia 17 de março, contando com o apoio da empresa japonesa Makino, criada em 1937. Para o orador, Hidehiko Yamamoto, o futuro do sector “depende da capacidade de reação das empresas”.


Perante uma plateia ‘virtual’, composta por mais de meia centena de profissionais da indústria, localizados em várias partes do globo (do Canadá ao Japão, França, Alemanha, República Checa, Reino Unido, México, Indonésia, África do Sul, Estados Unidos, Itália, Suíça e Portugal), Yamamoto traçou um quadro muito pragmático e completo sobre a realidade do sector de moldes, quer no decorrer da Covid-19, quer no período seguinte em que os impactos da pandemia se fizeram (e ainda fazem) sentir. A juntar a esta situação que, lembrou, provocou um arrefecimento enorme na economia, surgiu agora a situação da guerra na Ucrânia. Um problema que, salientou, “afeta não apenas a Europa, mas o mundo”.


E este é, no seu entender, “um mundo em mudança” para a qual as empresas têm de estar preparadas.


Em relação à pandemia, elencou algumas que foram, no imediato, as maiores consequências: o impedimento de realizar viagens, o que impossibilitou as visitas a clientes; a distância social obrigatória; a quarentena quando se chegava a algum destino; o impacto nas cadeias de fornecimento com aviões em terra e demais meios de transporte parados; as falhas de entrega de matérias-primas e a redução das encomendas. E logo depois, acentuou, surgiu a crise energética e o aumento dos preços dos materiais, o que, enfatizou, “foi agora agravado pela guerra”.


Lembrou que durante a pandemia, houve empresas que se adaptaram e criaram produtos inovadores, ajudando, por um lado, a aumentar a segurança face à propagação do vírus e, por outro, desenvolver a sua atividade. Mas isso não foi suficiente e, salientou, a economia arrefeceu até ao segundo trimestre de 2021, com exceção da economia chinesa que começou a recuperar no final de 2020.



Novos modelos

Com a pandemia a abrandar, considera que a economia está, agora, em condições de retomar o seu ritmo. Em termos de futuro, afirma, “a indústria automóvel continua a ser dominante”, revelando dados segundo os quais se prevê que esta indústria vá lançar, entre 2022 e 2025, cerca de 60 novos modelos por ano.


Muitos deles, adianta, serão elétricos ou híbridos, mas uma grande parte continuará a manter os sistemas de combustão convencional.


No meio de tudo isto, salienta, há mudanças no sector dos moldes, com a aquisição ou fusão de empresas. As pequenas, considera, “não vão desaparecer: mantêm-se desde que sejam competitivas, não pelo preço, mas pela inovação no serviço que prestem”. Porque, “apesar das empresas de moldes estarem a apostar no fornecimento de uma solução completa, em fazer tudo em casa, não vão ter essa capacidade e uma parte do trabalho será sempre subcontratada a quem preste um bom serviço”.


Toda esta situação, desde a pandemia à guerra, considerou ainda, “mostrou os riscos da globalização” e, por isso, “as empresas estão a procurar reduzir a sua dependência do exterior”. Um dos exemplos que apontou foi o caso dos Estados Unidos e a forma como o país alterou a sua relação comercial com a China.


Lembrou ainda que as empresas têm dois grandes desafios pela frente: por um lado, a carência de mão-de-obra qualificada e, por outro, a sustentabilidade que, enfatizou, “passou a ser uma prioridade no mundo todo”.


Por isso, considera que o futuro “vai trazer grandes desafios” e que caberá às empresas “adaptar-se e reagir, de forma a manterem-se competitivas”.


Para Bob Williamson, presidente da ISTMA, o interesse dos profissionais da indústria, cuja adesão tem vindo a crescer em cada webinar, motiva a associação a estimar a realização de mais eventos do género, no decorrer deste ano, com temas de impacto que levem o setor a refletir em conjunto.