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Estratégia & Negócios

Supremacia automóvel chinesa ameaça competitividade europeia

26 Janeiro 2024

Carlos Tavares, CEO da Stellantis, foi assertivo durante a sua intervenção no XXIII Congresso Nacional da Ordem dos Engenheiros, afirmando ser necessária uma «maior consolidação entre as construtoras automóveis europeias para enfrentar as fabricantes chinesas que estão a chegar à região e dispõem de custos de produção 30 % mais baixos».


A afirmação de empresas chinesas também já se repercute noutras marcas, de outras geografias. A Tesla, que se tornou o fabricante de automóveis mais valioso do mundo, viu-se obrigada a rever e a recuar nos seus objetivos de crescimento, tendo inclusivamente perdido a liderança nas vendas globais de veículos elétricos no quarto trimestre de 2023, para a chinesa BYD. Elon Musk, CEO da Tesla, acredita que as fabricantes chinesas são uma ameaça existencial e «as mais competitivas do mundo», que «terão um sucesso significativo fora da China».


«Como vamos combater os chineses? Se forem três ou quatro vezes maiores que nós vão esmagar as construtoras europeias», alertou Carlos Tavares, da Stellantis, que vai antecipar a produção de elétricos na unidade de Mangualde e, já em 2024, vai produzir modelos Citroën ë-Berlingo, Peugeot e-Partner, Opel Combo-e e Fiat e-Doblò, nas versões de comerciais ligeiros e de passageiros.


A concorrência crescente da BYD - que em dezembro se comprometeu com a abertura de uma fábrica na Hungria - e de outros fabricantes de automóveis chineses deu origem a uma investigação anti-dumping por parte da União Europeia, que poderá levar à imposição de tarifas mais elevadas.


«Precisamos de consolidação a nível europeia para fazer face aos chineses», apelou Carlos Tavares, que também apontou críticas aos Governos «por quererem empurrar para a indústria uma transformação profunda, sem pensar nas consequências e nas necessidades das pessoas».