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Roteiro elenca competências profissionais para uma indústria do futuro

23 Junho 2021

‘Roadmap de Competências para a Indústria’ foi o tema do último de um conjunto de três webinares, organizados pela CEFAMOL e dedicados à apresentação de estudos direcionados ao sector, desenvolvidos no âmbito do projeto “Tech-i9”.


Tendo como tema central as pessoas, o estudo apresentado no dia 22 de junho, elencou um conjunto de ‘linhas-mestras’ para apoiar as empresas a definir competências profissionais para o seu futuro, bem como os perfis necessários para assegurar a sua continuidade e produtividade. Foi dada ênfase à necessidade de apostar sistematicamente em formação, bem como na criação de métodos que tornem a indústria de moldes mais atrativa às novas gerações.


Perante uma plateia virtual composta por cerca de meia centena de profissionais do sector, coube a Artur Ferraz, da Internacional Business Consulting (IBC), fazer a apresentação do roteiro, explicando que este surgiu após um longo trabalho desenvolvido de forma muito próxima com as empresas da Indústria de Moldes.


Desse estudo, resultou uma vertente prática: um modelo de competências que pode ser usado pelas empresas do sector. Mas, ressalvando que o documento é composto por “orientações e conceitos” que deverão, depois, ser “adaptados à realidade de cada empresa”.


O estudo é contextualizado com a realidade atual do sector que passa por “uma grande transformação”. O caminho passa por tornar as empresas mais eficientes, com recurso a tecnologias lean, com foco na eficiência, planeamento, controlo de qualidade, modernização, investimento e formação profissional.


Haverá um recurso mais intenso às tecnologias com o objetivo de atingir uma otimização de processos e ganhos de produtividade. No entanto, “se não se apostar num upgrade de competências, não se conseguirá tirar partido desse investimento”.



Melhorar competências

Este roteiro é considerado por Artur Ferraz como “uma resposta estruturada e organizada para trabalhar as competências de médio e longo prazo, de forma a dar ferramentas às empresas”.


A aposta no desenvolvimento de competências tem feito a diferença no posicionamento nacional e internacional do sector. Mas é preciso um esforço contínuo, pensado e estruturado, para responder aos desafios da Indústria 4.0 que introduzem novos métodos nos processos produtivos. Entre outras questões, este tema foi exemplificado com a análise de grande quantidade de dados, a robotização, a simulação, a internet das coisas, a cibersegurança, a produção aditiva e a realidade aumentada.


São, por isto, “necessárias competências diferentes das tradicionais”, com prioridade a questões como “a previsão ou a tomada de decisão”. O desafio é então que as pessoas assumam “um papel mais preponderante, com competências diferenciadoras, para melhor lidar com a adaptação ao desconhecido e às dificuldades”.


Mas, para alcançar esse desígnio é preciso ultrapassar algumas dificuldades intrínsecas ao próprio sector, como por exemplo, e na questão dos recursos humanos, a forte concorrência com outras áreas industriais, dentro e fora do país, e a falta de pessoas com formação técnica. Foi destacada a importância dos planos de formação individualizados, de forma a ir ao encontro do desenvolvimento de cada profissional, enfatizando também a necessidade de apostar nas chefias intermédias, incrementando as competências de liderança e coordenação das equipas.



Biblioteca de competências

Foi apresentado um “Top10” das competências mais relevantes para a atualidade e para o futuro. Destacam-se questões como a flexibilidade, a multidisciplinaridade, o relacionamento interpessoal, a aprendizagem ativa, a perceção da urgência, a inteligência emocional, a liderança e a influência e criatividade, entre outras.


Já nos perfis profissionais, percebe-se a mudança, uma vez que à medida que as tecnologias vão entrando, vai-se registando a necessidade de novas funções, como analista de dados, arquiteto de soluções ou designer de negócios.


Agrupado por grupos funcionais, ou famílias, o estudo elenca um conjunto de características e níveis de responsabilidade de cada uma das funções dentro das empresas, integrando-as numa biblioteca de competências, com os respetivos níveis de desenvolvimento.


No seu conjunto, o documento assume-se como uma ferramenta que, ao serviço das empresas, poderá ser muito importante para reconhecer as competências críticas e desenvolver programas de ação e formação.


A CEFAMOL vai disponibilizar às empresas do sector, os três estudos apresentados: o primeiro sobre a evolução económica e financeira e os mercados, o segundo sobre tecnologia e conceitos da Indústria 4.0 e o terceiro sobre as competências das pessoas. Estes documentos, no entender da Associação, traduzem-se numa mais-valia para o futuro e para o reforço da competitividade das organizações e da indústria.