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Indústria de moldes portuguesa em destaque na Hannover 2022

02 Junho 2022

A indústria de moldes portuguesa esteve em destaque na feira Hannover 2022, que decorreu entre 30 de maio e 2 de junho naquela cidade alemã. A organização do certame escolheu Portugal como parceiro nesta edição e, por esse motivo, os dias de feira foram marcados por um conjunto de conferências que, sob o mote ‘Portugal Makes Sense’, serviu de apresentação aos vários sectores e empresas que são motores da inovação e da economia no nosso país.


A indústria de moldes esteve em destaque no dia 1 de junho, penúltimo dia do evento. “Se quiserem saber como vai ser o futuro, basta olharem para a indústria de moldes em Portugal”, afirmou Bernardo Ivo Cruz, secretário de Estado da Internacionalização, considerando que esta é uma indústria que tem como natureza, para além do carácter exportador, “estar sempre à frente das tendências de mercado” e caracterizada por empresas “modernas e sempre na vanguarda”.


“Se olharmos para o que está a fazer a indústria de moldes hoje, saberemos que produtos haverá no mercado dentro de 3 ou 4 anos”, esclareceu, salientando que se trata de um sector “totalmente integrado na cadeia de fornecimento, trabalhando em parceria com os seus clientes desde o primeiro momento”.


O governante deu o mote para a conferência, realizada com o apoio da AICEP, moderada por Joaquim Menezes (presidente da Associação Europeia para as Fábricas do Futuro – EFFRA) e na qual foram oradores Rui Tocha (CENTIMFE), Manuel Oliveira (CEFAMOL), Pedro Pereira (IBEROMOLDES), Vítor Cortez (CELOPLÁS) e Henrique Rézio (SOPLAST).


O cluster de moldes e injeção de plásticos foi, em nota introdutória da organização, classificado como “forte e inovador”, com raízes históricas com o sector automóvel alemão. A Alemanha, lembrou Joaquim Menezes no início da sessão, é, atualmente, o principal mercado dos moldes portugueses. O responsável enfatizou que, pelas suas características exportadores, a indústria de moldes serve a cadeia global, exportando para mais de oito dezenas de países. Está, no seu entender, “a competir com os melhores do mundo”. E tratando-se de um ‘concorrente’ de enorme qualidade, é reconhecido pelos seus pares, sendo esta concorrência uma forma de o sector evoluir, a nível mundial. “Devagar, fomos consolidando a nossa posição e hoje somos respeitados: apesar de Portugal ser um país pequeno figura entre os maiores exportadores de moldes do mundo”, salientou.




Inovação

Rui Tocha, do CENTIMFE, falando acerca do cluster ‘Engineering & Tooling’, salientou que este inclui fabricantes de moldes e de plásticos, sendo um fornecedor de soluções globais para clientes globais. Em conjunto, as empresas do sector têm conseguido dar-se a conhecer e mostrar ao mundo o quanto são inovadoras. A isso se deve também a forte ligação empresarial às escolas e instituições de saber que têm permitido adotar as melhores práticas e desenvolver tecnologias.


Esta indústria, sublinhou, “é crítica para a Europa e para Portugal”, no sentido em que está assente numa forte capacidade de inovação para desenvolver produtos eficientes. Contou que, nesse sentido, está em discussão entre vários países europeus, a o desenvolvimento de um roadmap estratégico que permita construir uma plataforma europeia do tooling.


Já Manuel Oliveira, secretário-geral da CEFAMOL, deu nota do posicionamento da indústria de moldes portuguesa – 3º produtor europeu e 8º a nível mundial – que é composto por cerca de 400 empresas, com mais de 10 mil trabalhadores, exportando 85% da sua produção.


A Alemanha é, hoje, o principal mercado dos moldes portugueses e, historicamente, na última década, tem alternado entre a primeira e a segunda posição, referiu. Isso, no seu entender, é revelador da “confiança” que o setor alemão tem na capacidade dos fabricantes portugueses.


Inovação, capacidade de networking, saber-fazer e tecnologia são, na sua opinião, as principais características das empresas do sector em Portugal. Acrescenta que a prioridade é fornecer aos seus clientes uma solução completa, tendo como grandes preocupações as questões da sustentabilidade e da transição digital.


Os moldes portugueses caracterizam-se ainda por uma outra particularidade: “estar próximo do seu cliente e trabalhar em conjunto com ele”. Isto, no seu entender, significa que as empresas estão apostadas em garantir a inovação das suas soluções, mantendo uma enorme flexibilidade no que diz respeito às preferências do cliente, para além da eficiência da resposta e apoio pós-venda.


Na parte final da conferência, três empresas – IBEROMOLDES, CELOPLÁS e SOPLAST - tiveram oportunidade de apresentar os seus negócios, os seus produtos, o seu know-how e especialização.


“Quando a Alemanha diz que ‘Portugal vale a pena’ sabe do que fala”, considerou o Secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, salientando que “somos um parceiro de confiança na Europa”.